quarta-feira, 5 de maio de 2010

Cap. 05 de sociologia

Resumo do capítulo 05 – O trabalho na sociedade moderna




A divisão do trabalho segundo:

Karl Marx: a divisão do trabalho é realizada no processo de desenvolvimento das sociedades. Com a formação das cidades, houve uma divisão entre o trabalho rural (agricultura e pecuária) e o trabalho urbano.

A divisão social do trabalho numa sociedade gera a divisão de classe.

Mais Valia

Mais-valia é o termo usado para designar a disparidade entre o salário pago e o valor do trabalho produzido. Existem muitos cientistas e pensadores sociais que desenvolveram diferentes vertentes para conceber uma explicação para surgimento e o funcionamento do sistema capitalista. Karl Marx fez uma análise dialética sobre o tema, afirmou que o sistema capitalista representa a própria exploração do trabalhador por parte do dono dos meios de produção, na disputa desigual entre capital e proletário sempre o primeiro sai vencedor. Desse modo, o ordenado pago representa um pequeno percentual do resultado final do trabalho (mercadoria ou produto), então a disparidade configura concretamente a chamada mais-valia, dando origem a uma lucratividade maior para o capitalista.

Émile Durkheim

Procura demonstrar que a crescente especialização do trabalho promovida pela produção industrial moderna trouxe uma forma superior de solidariedade, e não de conflitos.

Para Durkheim, há duas formas de solidariedade, a Mecânica e a Orgânica.

Mecânica: é mais comum em sociedades menos complexas, cada um faz sua parte, estão unidas pelas crenças, costumes, tradições... prevalece naquelas sociedades ditas "primitivas" ou "arcaicas", ou seja, em agrupamentos humanos de tipo tribal formado por clãs. Nestas sociedades, os indivíduos que a integram compartilham das mesmas noções e valores sociais tanto no que se refere às crenças religiosas como em relação aos interesses materiais necessários a subsistência do grupo, essa correspondência de valores assegura a coesão social.

Ex: tribos indígenas.

Orgânica: é fruto da diversidade entre os indivíduos, e não a identidade de crenças e ações. O que as une é a necessidade que uma pessoa tem da outra, em virtudes da divisão de trabalho social existente. De modo distinto, existe a solidariedade orgânica que é a do tipo que predomina nas sociedades ditas "modernas" ou "complexas" do ponto de vista da maior diferenciação individual e social (o conceito deve ser aplicado às sociedades capitalistas). Além de não compartilharem dos mesmos valores e crenças sociais, os interesses individuais são bastante distintos e a consciência de cada indivíduo é mais acentuada.

Fordismo

Consistia em organizar a linha de montagem de cada fábrica para produzir mais, controlando melhor as fontes de matérias-primas e de energia, os transportes, a formação da mão-de-obra. Ele adotou três princípios básicos;

1) Princípio de Intensificação: diminuir o tempo de duração com o emprego imediato dos equipamentos e da matéria-prima e a rápida colocação do produto no mercado.

2) Princípio de Economia: consiste em reduzir ao mínimo o volume do estoque da matéria-prima em transformação.

3) Princípio de Produtividade: aumentar a capacidade de produção do homem no mesmo período (produtividade) por meio da especialização e da linha de montagem. O operário ganha mais e o empresário tem maior produção.

- Estabeleceu jornadas de 8hs, por cinco dólares ao dia.

- Tinha renda suficiente para o lazer, suprir suas necessidades e até adquirir um dos automóveis produzidos na empresa.

Taylorismo

Em 1911, o engenheiro norte-americano Frederick W. Taylor publicou “Os princípios da administração científica”, ele propunha uma intensificação da divisão do trabalho, ou seja, fracionar as etapas do processo produtivo de modo que o trabalhador desenvolvesse tarefas ultra-especializadas e repetitivas. Diferenciando o trabalho intelectual do trabalho manual. Fazendo um controle sobre o tempo gasto em cada tarefa e um constante esforço de racionalização, para que a tarefa seja executada num prazo mínimo. Portanto, o trabalhador que produzisse mais em menos tempo receberia prêmios como incentivos.

Elton Mayo

Buscou medidas que enviassem o conflito e promovessem o equilíbrio e a colaboração no interior das empresas.

Harry Bravermann

Dizia que o Taylorismo tirava do trabalhador o último resquício de saber sobre toda a produção.

David Harvey

Existem duas formas de flexibilização:

a) Processo de trabalho: ocorre com a automação e a conseqüente eliminação do controle manual por parte do trabalhado. Não existe uma tarefa específica. O trabalhador deve estar disponível para adaptar-se às diversas funções existentes na empresa.

b) Flexibilização e mobilidade dos mercados: ocorre quando os empregadores passam a utilizar as mais diferentes formas de trabalho: doméstica e familiar, autônoma, temporária, por hora ou por curto prazo, terceirizada, entre outras.

Sociedade salarial – a dura realidade

As empresas não estão dando mais garantias ao trabalhador.

a) Desestabilização dos estáveis: as pessoas são “invalidadas”, porque estão velhas (40 a 50 anos) e novas para se aposentar. Não tem formação suficiente.

b) Empregos sem garantias são temporários (chamados bicos).

c) Déficit de lugares: Não há postos de trabalho para todos, uns são velhos demais outros novos demais.

d) A qualificação do trabalho: a mão de obra especializada esta em falta.